sábado, 30 de abril de 2011

Adultos Estão Passando dos Limites

      
Estamos iniciando uma revolução silenciosa e muito perigosa na relação entre pais e filhos. As exigências do mercado de trabalho, de atualização constante, do papel pessoal e familiar que cada um deve desempenhar estão levando os pais a perder o controle sobre seu devido papel na educação dos filhos.
         Ao tentar dar conta de todas estas funções, muitos pais acabam esquecendo a sua condição de modelos e gestores da vida de outro ser humano. Para quem está na linha de frente de um espaço gerador de conhecimento e aprendizagem como a escola, é desesperador verificar o resultado que essa falta de comprometimento gera nos filhos.
          É desanimador perceber o quanto os pais têm passado para a escola a sua função. E o quanto os pais têm passado das medidas em relação à escola.
           O conceito de família se perdeu e com ele muitos outros, como respeito, diálogo e convivência. Hoje vemos casais vivendo dentro da mesma casa, apenas por necessidade, pois depois da separação de corpos percebem que não conseguem viver em duas casas por conta do lado financeiro. Ao viver debaixo do mesmo teto, engalfinham-se na frente dos filhos e transformam essas crianças em um fardo quase impossível de se carregar, pois não existe mais limites.
             Os pais têm feito horrores na frente dos filhos: culpam as crianças por não terem nascido com o sexo desejado por eles, culpam os filhos por não terem nascido inteligentes como eles, culpam até por não conseguir comprar um carro novo, afinal precisam pagar a escola.
               Nesse cenário, a criança vira coadjuvante sem posicionamento, pois como se colocar perante as duas pessoas que ela mais ama? O resultado é devastador para esse filho que vai para a escola, insulta colegas e professores, pois não está bem. Afinal, os adultos é que estão passanso da medida perante ele.
                E a escola precisa educar essa criança, mas de que forma? Então aparecem "novos" nomes e conceitos como o bullying que é o grande assunto do momento. E onde fica o entendimento do que realmente esta criança está vivendo?
                 Os pais não percebem seu papel, não mensuram o quanto são necessários para esse filho, não financeiramente, mas como referência de vida, como processo fundamental na formação de valores e na educação.
                  Educação não é escola. Educação é família em parceria com a escola. De nada adianta a escola fazer seu papel de gerir conhecimento, informações, ensinar processos de vida e de conduta, se a família as destrói por conta de sua maneira de viver e agir.
                   Os adultos estão passando dos limites. E parecem não perceber, por conta de um egoísmo exarcebado, pois imaginem: nem eles ainda viveram e agora precisam deixar o filho viver. Parece que temos uma geração de pais que não sabem o que é ter filhos, que os teve para fazer parte da decoração da casa.
                    Os adultos estão passando das medidas, achando que os filhos são irmãos mais velhos ou, quem sabe, amigos de boteco para os quais a dimensão de diálogo se restringe a momentos de festas. Os adultos esquecem que são modelos e que servem como referência para os filhos.(grifos por Debs-Chan!)

Texto de: Esther Cristina Pereira (diretora de ensino fundamental do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná - Sinepe/PR)
Fonte: Jornal Folha de Londrina, pg 2 - Folha Opinião, de 27/04/2011.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Coluna Papo & Prosa: ESTRÉIA!!!!

 
Envelheço
Envelheço quando me fecho para as novas idéias e me torno radical...
Envelheço quando o novo me assusta e minha mente insiste no comodismo...
Envelheço quando meu pensamento abandona a casa e retorna sem nada...
Envelheço quando me torno impaciente, intransigente e não consigo dialogar...
Envelheço quando penso muito em mim mesmo e me esqueço dos outros...
Envelheço quando penso em ousar mas temo o preço da ousadia...
Envelheço quando permito que o cansaço e o desalento tomem conta da minha alma...
Envelheço quando tenho chance de amar mas vence o medo de arriscar...
Envelheço quando paro de lutar... 
PS: Aproveite a vida, não tenha medo de se arriscar, ajude os outros, faça o que você gosta de fazer e não ligue para o que as outras pessoas pensam de você, por exemplo: meus amigos pensam que eu sou meio doida pelo meu jeito de ser, mas eu não ligo, porque eu quero ser feliz e não me importo com o que acham das minhas atitudes. Seja cara de pau quando estiver interessada(o) em alguém, não tenha vergonha de fazer algo, porque a vida é curta e é por isso que é bom aproveitar cada momento dela com as pessoas que você ama.
Postagem enviada por:

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ser Aquela....


Queria ser aquela que povoa seus sonhos e pensamentos;
Aquela que faz seus olhos brilhar e seu coração no peito palpitar;
Que lhe deixa nervoso e ansioso, preocupado em saber como me impressionar.
Queria ser aquela por quem você definitivamente iria se apaixonar;
Aquela por quem há tanto tempo tem almejado;
Que torna o seu mundo completo e traz significado e alegria à sua vida.
Queria ser aquela a quem procuras quando necessitas de um colo ou ombro amigo;
Aquela em quem podes confiar e se apoiar;
Com quem queiras compartilhar os mais importantes momentos de sua vida.
Queria ser aquela que preenche esse vazio em seu peito;
Aquela que lhe traz alegria e coloca sorrisos em seus lábios;
Com quem faças planos e realize seus sonhos e desejos.
Queria ser aquela por quem sintas orgulho e lhe encha o peito de satisfação;
Aquela a quem ames incondicionalmente e sem reservas;
Aquela a quem chamas de tua;
Por quem sintas ciúmes e a necessidade de se ter sempre por perto.
Queria ser aquela com quem se preocupas e desejas passar o resto de sua vida junto;
Aquela a quem pertença seus beijos e abraços, olhares e pensamentos;
A quem desejas noite e dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano.
Queria ser apenas aquela que te ama e que é amada devolta por ti simplesmente por ser quem sou....

*Autoria: Debs-Chan !

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dicas para Blogueiros de 1ª Viagem!

Oi gente, tudo bem??
Hoje vou postar algumas dicas para aqueles que estão pretendendo criar um blog aqui pelo Blogger e estão se sentindo meio perdidos, sem saber como adicionar algumas coisas.
Acreditem, também já passei por isso e ainda passo, já que não sou qualquer expert no assunto, mas, de qualquer forma, resolvi compartilhar o pouco que sei com vocês!

1 - Banner com o Título do Blog:

Gente, vocês não sabem o quanto penei até conseguir descobrir como personalizá-lo! Revirei a internet por dias atrás de algum tutorial que explicasse certinho. Encontrei a informação que queria unindo as dicas de vários blogs e mesmo assim, teve coisa que descobri sozinha.
Pra começar, você pode criar seu banner através do programa Paint instalado em seu computador (iniciar - todos os programas - acessórios - Paint). No menu Imagem você clicará em Atributos. Na largura você colocará 900 (SEMPRE!!, se colocar mais que isso, o banner será cortado ao ser adicionado ao blog), e na altura 150 (aqui você pode variar o quanto quiser, mas, na minha opnião, acho que fica legal com no máximo 200). 
Feito isso, você poderá colocar a cor que quiser, inserir a imagem que desejar...soltar a imaginação.
Recomendo salvar o arquivo sempre em JPEG, assim você poderá abrí-lo no programa Photoshop e terá menos chances do arquivo ser rejeitado pelo blog.
Feito o fundo de seu banner, indico que use o Photoshop para escrever nele, pois há mais opções de formatação que o Paint.
Em seguida é só você acessar a conta de seu blog, clicar em Design, onde fica seu título você clica em Editar, então clica em Selecionar Arquivo de Seu Computador. No quesito Posicionamento, você clica em Em vez de Título e Descrição, SALVAR e pronto! Seu banner personalizado foi adicionado com sucesso ao seu blog!!!!
Pra quem quiser, fiz vários banners e disponibilizei em meu álbum do picasa: lá poderão baixá-los ou simplesmente usá-los de exemplos.

2 - Banners Link-me:

Pra quem não sabe, os banners link-me são aqueles que você disponibiliza em seu blog para que outros blogueiros os copie e os adicionem nos blogs pra fazer propaganda do seu.
O tamanho tradicional deles é 120 x 60. O 120 (largura) é legal manter constante, já a altura pode variar.
Também pode ser feito nos programas acima citados e sua arte final pode ser feita num programa online chamado FotoFlexer. Neste programa você consegue colocar molduras/bordas em seu banner, escrever com glitter e tantas outras coisas. É super fácil de usar.
Já o gerador do código HTML para seu banner (sim você precisa gerar esse código pra add em seu blog) você pode gerar por esse programinha online trazido pelo blog Mundo Blogger, também é super fácil e sem segredos.
Para disponibilizar seu banner Link-me em seu blog, você vai acessar Design - adicionar um Gadget - vai procurar a opção HTML/JavaScript e colar o código HTML gerado no Mundo Blogger. Pronto! Seu banner Link-me também foi adicionado com sucesso em seu blog!!!

3 - Plano de Fundo do blog:

Para alterar o plano de fundo de seu blog você deverá acessar Desing - designer do modelo (que se encontra logo acima da frase "Adicionar e organizar elementos da página"). Escolha a opção Plano de Fundo, vai aparecer a opção Imagem de plano de fundo e abaixo estará em evidência seu plano de fundo atual. Nesta "caixinha", clique na setinha que tem ao lado e abrirá uma janela com a expressão Selecionar imagem do plano de fundo, clique em Fazer upload da imagem.
ATENÇÃO: fique atento à observação trazida nesse aplicativo: Você pode fazer upload de um arquivo JPG, GIF ou PNG com até 300 KB. Para cobrir todo o plano de fundo, use imagens com 1800 x 1600 pixels ou maiores.
Isto feito, é só você clicar em CONCLUÍDO e pronto! Plano de fundo personalizado add ao seu blog!
4 - Adicionando Gifs Animados ou não:

Esse é super fácil. Você entra em Design - adicionar um Gadget - Imagem - escolha o arquivo de seu computador (caso a imagem esteja salva nele) ou cole o endereço eletrônico de onde a imagem está hospedada e SALVAR! Pronto!!! Olh que difícil ¬¬

5 - Adicionando Slide com imagens escolhidas por você:

Esse também não é nenhum bicho de sete cabeças, mas também ralei até descobrir como fazer (rsrs).
Inicialmente você precisa possuir uma conta no Picasa, então crie um álbum com as imagens que quer que apareçam no slide, o tipo do álbum deve ser público e ... pronto!
Como assim: pronto?
Bem, meio caminho do processo já foi percorrido, agora é só adicionar ao blog.
Entre em Design - adicionar um Gadget - Apresentação de Slides - no quesito Opção clique em Álbum. Em Nome do Usuário coloque o email da sua conta no picasa e dê ENTER, na opção Álbum ficará disponível todos seus álbuns públicos do picasa, escolha um e PRONTO! Daí é só SALVAR!

6 - Adicionando o aplicativo Poderá Também Gostar de:

Há tempos eu estava atrás de saber como colocar esse aplicativo aqui no blog, e essa semana, mais precisamente ontem, eu descobri! \o/
Acredito que você já deve ter se deparado com este aplicativo em alguns blogs, ele sempre está ao final da postagem.
Bom, para adicioná-lo você precisa acessar o site do LinkWithin e seguir o passo-a-passo trazido nele. O site é em inglês mas é super tranquilo de compreender.
Seguindo tudo certinho, seu aplicativo será adicionado com sucesso em seu blog!

Bom, estas foram algumas dúvidas que tive quando estava montando meu blog e espero de coração que estas dicas possam ajudá-los de alguma forma.
Se tiver alguma dúvida que não foi apresentada nesta postagem, nos envie um email ou faça sua pergunta através dos comentários, se eu souber responder, farei com prazer! 

;)


terça-feira, 26 de abril de 2011

Coluna da Jô

COLUNA DA JÔ
Oi gente! Tudo bem? Como foram de feriado? Muito chocolate? Muita comilança? Descansaram muito? Aproveitaram?
E pensaram na minha dica: escolher um dos quatro itens e colocar em prática na Semana Santa?
1.Fazer o Bem
2.Falar o Bem
3.Pensar o Bem
4.Não se omitir
Você colocou um desses preceitos em prática um dia da semana? Colocou? Como foi? Não colocou? Por quê? Venha até aqui e deixe esse comentário, ok?
Agora que passou o feriado, eu fiquei pensando numa situação que com certeza, todos nós já nos deparamos uma vez na vida, ou até, todas as vezes que vamos ao supermercado....
Alguma vez na vida você chegou no estacionamento de um supermercado, e viu que atrás de seu carro, tinha um carrinho de supermercado parado? O que você fez: levou o carrinho para o lugar dele, ou empurrou o carrinho para longe do seu carro, fazendo com que ele ficasse atrás de outro carro? E quando você chega com seu carrinho cheio de compras e guarda as coisas no porta-malas: e daí? O que você faz? Leva o carrinho para o lugar correto, ou o empurra sutilmente para a vaga do carro ao lado?
Parece bobagem, mas não é. Uma simples atitude fala muito sobre nossa personalidade. “Quem foi o @#$@#$%% que deixou esse carrinho atrás do meu carro?” Mas na minha vez, eu simplesmente largo ele lá. Afinal, o estacionamento é grande, eu tenho criança pequena estou atrasado para o serviço, está chovendo...e lá se vão mais uma gama de desculpas.
Qual a atitude correta? Levar o carrinho ao local destinado à sua armazenagem. Quantas pessoas fazem isso? Dá para contar nos dedos, não é mesmo? PORQUE tudo mundo nesse país tem direitos, mas NINGUÉM tem deveres. Estranho isso, né? E vocês acham que eu estou fazendo tempestade em copo d’água? Sei...E o que me dizem do letreiro dos banheiros públicos: “senhor (a) usuário (a), outros (as) depois de você usarão esse banheiro. Colabore com sua limpeza. Não jogue papel no vaso. Use o cesto. Não jogue absorventes ou embalagens no vaso. Utilize o cesto. Não jogue lixo no chão. Utilize o cesto. Por favor, dê a descarga.” E como explicar isso? Todo mundo quer utilizar um banheiro limpinho e cheirosinho, mas não faz nada para colaborar, não é mesmo?
Infelizmente esse assunto não é exclusividade brasileira. Na Europa, qualquer pessoa tem sempre uma moedinha de 1 euro à mão. Se você vai ao supermercado ou ao aeroporto e precisa de um carrinho, você deve colocar a moeda na máquina e o carrinho é liberado. Quando você termina sua compra, e devolve o carrinho, sua moeda é liberada. O mesmo acontece para guarda-volumes em supermercado, bibliotecas e afins. Lá, eles aprenderam que educação, além de ser algo que se aprende em casa, é mais eficaz quando se coloca a mão no bolso. Adoraria que isso acontecesse no Brasil. O povo ia aprender na marra a ser mais educado. Já mandei uma carta para uma grande rede de supermercados, sugerindo isso. Claro que nunca me responderam...Mas eu imagino o que aconteceria por aqui: reportagens, passeatas contra a discriminação dos menos favorecidos (porque não são todos que possuem carro, ou que teriam uma moeda de R$ 1,00, e não adiantaria falar, explicar que a dita moeda iria retornar), ativistas dos Direitos Humanos, etc....Tudo muito bonito, lindo! Tudo em favor dos Direitos Humanos. Mas e os DEVERES do Ser Humano? Ah! Isso não existe. Sei....
Se Deus não existe e a alma é mortal, tudo é permitido”, já dizia Ivan Karamazov, no fabuloso romance Os irmãos Karamazov, de Fiódor Dostoiévski (excelente dica literária!). Se só existem Direitos e não Deveres, tudo é permitido também. Os meus direitos, a vaga do meu carro, o meu celular, o meu videogame, a minha vaga na fila, etc...E o outro? Onde está o outro? Ou você vive isolado numa ilha com seu notebook, seu IPad, seu smartphone, sua TV 52”LCD, full HD?
E eu fico aqui pensando, se Napoleão Bonaparte e os revolucionários que ajudaram a redigir a Declaração dos Direitos Humanos fossem vivos, o que diriam da bagunça que virou o mundo?
Vou ficando por aqui...Por favor, pensem nisso. Reflitam, ok?
E só para que você saiba, ultimamente eu estou muito mais para Pena de Talião (“olho por olho, dente por dente”), do que para os ideais da Revolução Francesa de, Igualdade, Fraternidade e Liberdade, ideais tão bonitos que conseguiram transformar em algo puramente egoísta.
Inté!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Trair Faz Parte da Natureza das Pessoas que NÃO Conseguem Amar

Elas sabem muito bem como seduzir e gostam de se sentir amadas, mas só amam a si mesmas. Inconsequentes, não percebem que ao trair causam sofrimento. Algumas de suas vítimas ficam tão aturdidas que não se separam, mesmo sabendo que foram enganadas. Precisam de um tempo para desfazer a imagem ilusória que tinham do parceiro ou da parceira desleal.

       De repente veio aquela certeza: aquela pessoa que ela amava, com quem já estava há tantos anos, em quem confiava, com quem tinha ótimo sexo, que era carinhoso, confidente e tudo o mais a traia! Ela já desconfiava das viagens, telefonemas escondidos, presentes inesperados, novas ideias para o sexo. Mas não queria acreditar. Afinal, seria muita falta de caráter de uma pessoa que tinha a sua confiança e dedicação e de quem ela se orgulhava. Além de se sentir enganada, via desmoronar a imagem que tinha do companheiro.
       Trair é natural para algumas pessoas. Elas não percebem que com isso destroem amores verdadeiros e ferem quem não merece. Trair faz parte da natureza de algumas pessoas que não conseguem amar. Como o aventureiro Giacomo Casanova (1725-1798) ou o do Don Juan da literatura, elas seduzem vários ou várias, mas não são fiéis a ninguém. Amam somente a si, amam se sentir amadas e desejadas.
        A mulher a quem me referi acima sabia com quem estava lidando. No passado ele tinha tido várias mulheres ao mesmo tempo e isso era de seu conhecimento. Tratava todas com delicadeza, carinho, desejo. Tinha o poder de deixá-las apaixonadas. Comportamento que é típico dos traidores.
         Confirmada a infidelidade, veio o dilema. Como agir? Aramar um barraco, gritar, agredi-lo, chorar, expulsá-lo de casa? Ou fingir que não sabe, guardar para si a humilhação e a dor e apenas dar indiretas, fazer comentários velados? Ter uma conversa civilizada, dizer que o ama mesmo assim e que esquecerá tudo se ele decidir ficar com ela? Ou apenas terminar, sem nem falar por que, já que ele sabe muito bem a razão?
          Nenhuma dessas opções parece satisfatória. É como se ela estivesse numa estrada e de repente caíssem barreiras na frente e atrás do carro. Não dá para seguir nem para voltar. Se armar um barraco, vai perdê-lo para sempre; se fingir que não sabe, talvez somatize a negação, o sofrimento e fique doente, com insônia, enxaqueca ou algo pior. O ideal seria uma conversa verdadeira; mas ela sabe que ele vai negar, dizer que ela é louca por não ver que ele a ama, que tem tesão, que além dela é só o trabalho.
          O fato é que ela ainda o ama, embora não aguente ser tratada como burra. Sente uma dor imensa, não para de pensar nele com a outra. Sente culpa: será que isso aconteceu porque ela envelheceu ou se descuidou, será que já não é bonita, onde teria errado?
           Não é nada disso. Mulheres maravilhosas como Sandra Bullock (46) e Nicole Kidman (43) também foram traídas. Como dessemos antes, trair, para algumas pessoas, é uma compulsão.
           Se ela não consegue terminar a relação, talvez a solução menos dolorosa seja continuar nela mais um tempo - para ir, aos poucos, deixando que morra a imagem falsa que tinha desse homem; para se concientizar de que o homem que ela amava não era ele, mas um reflexo dela mesma. Assim, devagar, ela irá deixando de gostar dele e poderá se abrir para outros interesses, dedicar-se a si mesma, encarar,enfim, a realidade. Resta-lhe o consolo de saber que não é só com ela que isso acontece, e que tudo acaba um dia, como uma flor que murcha, uma nuvem que passa, uma onda no mar. E que o mais importante é manter sua integridade, seu compromisso com a vida e saber que ela, sim, nunca traiu, apenas amou de verdade.
*Texto de Leniza Castello Branco (psicóloga e analista paulista).

Bom, eu (Debs) li esse artigo enquanto me encontrava na sala de espera de um consultório odontológico. Esse texto realmente veio de encontro com muitas coisas que eu pensava sobre a traição e achei interessante compartilhar com vocês, meus leitores.
Espero que tenham curtido a reflexão e que a mesma tenha trazido respostas e/ou alento àquelas pessoas que estão atravessando uma situação dessas ou que já passaram por isso.

=)

Fonte: Revista Caras, Edição 908 - Ano 18 - nº 13 de 01/04/2011, coluna AMOR.

domingo, 24 de abril de 2011

Domingo de Páscoa

A Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem através do grego Πάσχα) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 da Era Comum. A Páscoa pode cair em uma data, entre 22 de março e 25 de abril. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses, desde o domingo de Páscoa até ao Pentecostes.

Origem do nome:

Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pessach, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.
A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.
Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pessach (Páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Estremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o Venerável Beda, historiador inglês do século VII. Porém, é importante mencionar que Ishtar é cognata de Inanna e Astarte (Mitologia Suméria e Mitologia Fenícia), ambas ligadas a fertilidade, das quais provavelmente o mito de "Ostern", e consequentemente a Páscoa (direta e indiretamente), tiveram notórias influências.

Páscoa Cristã:

A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição. É o dia santo mais importante da religião cristã. Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, que é uma das mais importantes festas do calendário judaico, celebrada por 8 dias e onde é comemorado o êxodo dos israelitas do Egito, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.
A última ceia partilhada por Jesus Cristo e seus discípulos é narrada nos Evangelhos e é considerada, geralmente, um “sêder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos ativermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pessach. Assim, a última ceia teria ocorrido um pouco antes desta mesma festividade.
A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes. De fato, para entender o significado da Páscoa cristã atual, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa. Ostera (ou Ostara) é a deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Deméter. Na mitologia romana, é Ceres.

Páscoa no Judaísmo:

Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Deus mandou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo cap 12), disse Moisés que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e o anjo passaria por elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.
A Bíblia judaica institui a celebração do Pessach em Êxodo 12, 14: Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra de Adonai: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua .

Tradições pagãs na Páscoa:

Na Páscoa, é comum a prática de pintar ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas. Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substítuidos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na Bíblia. Portanto, este costume é uma alusão a antigos rituais pagãos. Ishtar ou Astarte é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica. A primavera, lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados. A lebre (e não o coelho) era seu símbolo. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada. A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade. De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora” (ou, novamente, o planeta Vênus). É uma deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. Ela deu nome ao Shabbat Pagão, que celebra o renascimento chamado de Ostara.

 
Fonte: Wikipedia

sábado, 23 de abril de 2011

Sábado de Aleluia

O Sábado Santo, também chamado Sábado de Aleluia, é o dia antes da Páscoa no calendário de feriados religiosos do Cristianismo. Nas Filipinas, nação notoriamente católica, chama-se a este dia Sábado Negro. O Sábado de Aleluia é o último dia da Semana Santa.
Na tradição católica, é costume os altares serem desnudados, pois, tal como na Sexta-Feira Santa, não se celebra a Eucaristia. As únicas celebrações são as que fazem parte da Liturgia das Horas. Além da Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, excepto o da Confissão. São permitidas exéquias, mas sem celebração de missa. A distribuição da comunhão eucarística só é permitida sob a forma de viático, isto é, em caso de morte.
Muitas das igrejas de comunhão anglicana seguem estes mesmos preceitos. Já a Igreja Ortodoxa, bem como os ritos católicos orientais, seguem as suas próprias tradições e possuem terminologia própria para estes dias e respectivas tradições e celebrações. Como é de esperar, apesar de a Páscoa e os dias relacionados serem importantes para todas as tradições cristãs, do Mormonismo ao Catolicismo, as celebrações variam grandemente.
Antes de 1970, os católicos romanos deviam praticar um jejum limitado: por exemplo, abstinência de carne de gado, mas consumo de quantidades limitadas de peixe, etc. Em alguns lugares, a manhã do Sábado de Aleluia é dedicada à "Celebração das Dores de Maria", onde se recorda a "hora da Mãe", sem missa.
É no Sábado de Aleluia que se faz a tradicional Malhação de Judas, representando a morte de Judas Iscariotes.
No Sábado Santo, é celebrada a Vigília pascal depois do anoitecer, dando início à Páscoa.
Sábado: remonta à Criação, passa pelo Êxodo e vai até ao fim do Apocalipse.

Vigília Pascal

Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.
Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos.
O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: "O meu Senhor está no meio de nós". E Cristo respondeu a Adão: "E com teu espírito". E tomando-o pela mão, disse: "Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará.
Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: 'Saí!' ; e aos que jaziam nas trevas: 'Vinde para a luz!'; e aos entorpecidos: 'Levantai-vos!'
Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te dentre os mortos; eu sou a vida dos morotos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só é indivisível pessoa.
Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra e fui até mesmo sepultado debaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim no paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado.
Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi, para restituir-te o sopro da vida original. Vê na minha face as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem, tua beleza corrompida.
Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar de teus ombros o peso dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à árvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendeste levianamente as tuas mãos para a árvore do paraíso.
Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava dirigida contra ti.
Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus.
Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, construído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o meio dos céus preparado para ti desde toda a eternidade".
De uma antiga Homilia no grande Sábado Santo
Fonte: Liturgia das Horas


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sexta-feira Santa

 A Sexta-Feira Santa, ou 'Sexta-Feira da Paixão', é a Sexta-Feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos.
Segundo a tradição cristã, a ressurreiçao de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.
A Sexta-feira Santa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira Sexta-feira após a primeira lua cheia após o equinócio de outono no hemisfério sul ou oequinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 20 de março e 23 de abril.

Igreja Católica: 
 Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo Pascal, o mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo, pelo que é o único dia em que não se celebra, em absoluto, a Eucaristia.
Por ser um dia em que se contempla de modo especial Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte (Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de joelhos.


Celebração da Paixão do Senhor: 

No entanto, mesmo sem a celebração da missa, tem lugar, no rito romano, uma celebração litúrgica própria deste dia. Tal celebração tem alguma semelhança com a celebração da Eucaristia, na sua estrutura, mas difere essencialmente desta pelo facto de não ter Oração Eucarística, a mais importante parte da missa católica. 

A celebração da morte do Senhor consiste, resumidamente, na adoração de Cristo crucificado, precedida por uma liturgia da Palavra e seguida pela comunhão eucarística dos participantes. Presidida por um presbítero ou bispo, paramentado como para a missa, de cor vermelha, a celebração segue esta estrutura:

  • entrada em silêncio do presidente e dos ministros, que se prostram em adoração diante do altar.
  • oração colecta.
  • Liturgia da Palavra: leitura do livro de Isaías (quarto cântico do servo de Javé, Is 52,13-53,12), Salmo 31 (30), leitura da Epístola aos Hebreus (Hebr 4, 14-16; 5, 7-9), aclamação ao Evangelho e leitura do Evangelho da Paixão segundo João (Jo 18,1-19,42, geralmente em forma dialogada).
  • Homilia e silêncio de reflexão.
  • Oração Universal, mais longa e solene do que a da missa, seguindo o esquema intenção – silêncio – oração do presidente.
  • Adoração de Cristo na Cruz: a cruz é apresentada aos fiéis e venerada ao som de cânticos.
  • Pai Nosso
  • Comunhão dos fiéis presentes. Toma-se pão consagrado no dia anterior, Quinta-Feira Santa.
  • Oração depois da comunhão.
  • Oração sobre o povo.
Obs: Em muitas cidades históricas, como Paraty, Ouro Preto, Pirenópolis, Jaraguá - GO, Rio Tinto (Gondomar) e São Mateus, a Celebração da Paixão e Morte do Senhor é procedida da Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor Morto, em que são cantados motetos em latim.

Toda a liturgia católica deste dia está em função de Cristo crucificado. Assim, a liturgia da Palavra pretende introduzir os fiéis no mistério do sofrimento e da morte de Jesus, que assim aparece como uma acção livre de Cristo em ordem à salvação de toda a humanidade.
A veneração da cruz, símbolo da salvação, pretende dar expressão concreta à adoração de Cristo crucificado.
A comunhão eucarística é, para a Igreja, a forma mais perfeita de união com o Mistério pascalTríduo Pascal. de Cristo, e por isso é um ponto culminante na união dos fiéis com Cristo crucificado. O facto de se comungar do pão consagrado no dia anterior vem exprimir e reforçar a unidade de todo o
Além da celebração da Paixão do Senhor, rezam-se as diversas horas litúrgicas da Liturgia das Horas.

Sinais de penitência:

A Igreja exorta os fiéis a que neste dia observem alguns sinais de penitência, em respeito e veneração pela morte de Cristo. Assim, convida-os à prática do jejum e da abstinência da carne e qualquer tipo de ato que se refira a Prazer.
Exercícios piedosos, como a Via Sacra e o Rosário, são também recomendados como forma de assinalar este dia especialmente importante para a fé cristã.

Fonte: Wikipedia

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Quinta-feira Santa

Bênção dos Santos Óleos
Na Quinta-feira Santa, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.
Sempre que houver celebração com óleo, deve estar à disposição do ministro uma jarra com água, bacia, sabonete e toalha para as mãos.
Não se sabe com precisão, como e quando teve início a bênção conjunta dos três óleos litúrgicos.
Fora de Roma, esta bênção acontecia em outros dias, como no Domingo de Ramos ou no Sábado de Aleluia.
O motivo de se fixar tal celebração na Quinta-feira Santa deve-se ao fato de ser este último dia em que se celebra a missa antes da Vigília Pascal. São abençoados os seguintes óleos:
Óleo do Crisma - Uma mistura de óleo e bálsamo, significando plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de Cristo". É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento do sacerdócio, para ungir os "escolhidos" que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.
Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.
Óleo dos Enfermos - É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como "extrema-unção". Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.

Instituição da Eucaristia
Na véspera da festa da Páscoa, como Jesus sabia que havia chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim (Jo 12, 1).
Caía a noite sobre o mundo, porque os velhos ritos, os antigos sinais da misericórdia infinita de Deus para com a humanidade iam realizar-se plenamente, abrindo caminho a um verdadeiro amanhecer: a nova Páscoa. A Eucaristia foi instituída durante a noite, preparando antecipadamente a manhã da Ressurreição.
Jesus ficou na Eucaristia por amor..., por ti.
- Ficou, sabendo como O receberiam os homens... e como O recebes tu.
- Ficou, para que O comas, para que O visites e Lhe contes as tuas coisas e, chegando junto do Sacrário e na recepção do Sacramento te enamores mais de dia para dia, e faças com que outras almas - muitas! - sigam o mesmo caminho.
Menino bom: como os amantes da terra beijam as flores, a carta, a recordação dos que amam!...
E tu? Poderás esquecer-te alguma vez de que O tens a teu lado..., a Ele!? - Esquecerás... que O podes comer?
- Senhor, que eu não torne a voar colado à terra!, que esteja sempre iluminado pelos raios do divino Sol - Cristo - na Eucaristia!, que o meu vôo não se interrompa enquanto não alcançar o descanso do teu Coração!
Santo Rosário, Apêndice, 5º mistério da luz
Comecemos desde já a pedir ao Espírito Santo que nos prepare para podermos entender cada expressão e cada gesto de Jesus Cristo: porque queremos viver vida sobrenatural, porque o Senhor nos manifestou a sua vontade de se dar a cada um de nós em alimento da alma, e porque reconhecemos que só Ele tem palavras de vida eterna.
A fé leva-nos a confessar com Simão Pedro: Nós acreditamos e sabemos que tu és o Cristo, o Filho de Deus. E é essa mesma fé, fundida com a nossa devoção, que nesses momentos transcendentes nos incita a imitar a audácia de João, a aproximar-nos de Jesus e a reclinar a cabeça no peito do Mestre , que amava ardentemente os seus e, como acabamos de ouvir, iria amá-los até o fim.
Tenhamos em mente a experiência tão humana da despedida de duas pessoas que se amam. Desejariam permanecer sempre juntas, mas o dever - seja ele qual for - obriga?as a afastar?se uma da outra. Não podem continuar sem se separarem, como gostariam. Nessas situações, o amor humano, que, por maior que seja, é sempre limitado, recorre a um símbolo: as pessoas que se despedem trocam lembranças entre si, possivelmente uma fotografia, com uma dedicatória tão ardente que é de admirar que o papel não se queime. Mas não conseguem muito mais, pois o poder das criaturas não vai tão longe quanto o seu querer.
Porém, o Senhor pode o que nós não podemos. Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito Homem, não nos deixa um símbolo, mas a própria realidade: fica Ele mesmo. Irá para o Pai, mas permanecerá com os homens. Não nos deixará um simples presente que nos lembre a sua memória, uma imagem que se dilua com o tempo, como a fotografia que em breve se esvai, amarelece e perde sentido para os que não tenham sido protagonistas daquele momento amoroso. Sob as espécies do pão e do vinho encontra-se o próprio Cristo, realmente presente com seu Corpo, seu Sangue, sua Alma e sua Divindade.
É Cristo que passa, 83
Textos de São Josemaría

Ceia do Senhor (Lava-pés)
Um momento solene
No 13º capítulo do seu Evangelho, João fala sobre Jesus fraco, pequeno, que terminará sendo condenado e morto na cruz como um blasfemador, um fora da lei ou um criminoso. Até então, Jesus parecia tão forte, havia feito tantos milagres, curado doentes, ordenado que o mar e o vento se acalmassem e falado com autoridade para os escribas e os fariseus.
Ele parecia ser um grande profeta, quem sabe até o Messias. O Deus do poder estava com Ele. Mais e mais pessoas estavam começando a segui-lo, esperavam que Ele os libertasse dos romanos, resgatando assim, a dignidade do povo escolhido. O tempo da páscoa estava próximo. A multidão e os amigos dele pensavam: "Será que Ele vai se revelar na páscoa? Então, todos acreditarão nele." Todos esperavam que algo extraordinário acontecesse. No entanto, em vez de fazer algo fantástico, Jesus tomou o caminho oposto, o da fraqueza, o da humilhação, deixando que os outros o vencessem. Este processo de humilhação teve início quando o Verbo se fez carne no seio da Virgem Maria, e continuou visível para os discípulos no lava-pés. Terminará com a agonia, paixão, crucifixão e morte.
O começo deste capítulo é muito solene: "Antes do dia da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a hora de passar deste mundo ao Pai, tendo amado aos seus, que estavam no mundo, amou-os até ao extremo. Começada a ceia, tendo já o demônio posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, a determinação de o entregar, sabendo que o Pai tinha posto em suas mãos todas as coisas, que saíra de Deus e ia para Deus, levantou-se da ceia, depôs o manto, e apegando uma toalha cingiu-se com ela." (Jo 13,1-4).
Estas palavras são muito fortes: "Jesus, sabendo que o Pai tinha posto em suas mãos todas as coisas, que saíra de Deus e ia para Deus, levantou-se da ceia, depôs o manto..." Então, Ele se ajoelhou diante de cada um de seus discípulos e começou a lavar-lhes os pés, em uma atitude de humilhação, fraqueza, súplica e submissão. De joelhos ninguém pode se mover com facilidade nem se defender.
João Batista havia dito que ele não era digno nem de desatar as sandálias de Jesus (Mc 1,7). No entanto, Jesus se ajoelha em frente a cada um de seus discípulos.
Os primeiros cristãos devem ter cantado o mistério de Jesus, que se desfez da sua glória e se fez fraco, como encontramos nas palavras de S. Paulo aos Filipenses: "O qual, existindo na forma (ou natureza) de Deus, não julgou que fosse uma rapina o seu ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens e sendo reconhecido por condição como homem. Humilhou-se a si mesmo, feito obediente até a morte, e morte de cruz! (Fl 2,6-8)
Nós estamos frente a um Deus que se torna pequeno e pobre, que desce na escala da promoção humana, que escolhe o último, que assume o lugar de servo ou escravo. De acordo com a tradição judia, o escravo lavava os pés do senhor, e algumas vezes as esposas lavavam os pés do marido ou os filhos lavavam os do pai.
Fonte: Comunidade Shalom

Transladação do Santíssimo
A transladação do Santíssimo tem notícias históricas desde o século II. Mas o rito da adoração, na quinta-feira santa entrou na Igreja a partir do século XIII e foi difundindo-se até o século XV.
O que mais impulsionou foi a devoção ao Santíssimo Sacramento, a partir da segunda metade do século XIII, época em que o Papa Urbano IV decretou a festa de Corpus Christi para toda a Igreja (em 11 de agosto de 1264).
Foi, portanto, a prática devocional da eucaristia a principal responsável para a adoração ao Santíssimo na quinta-feira santa, após a missa da Ceia do Senhor.
O rito atual é muito simples e tem o seguinte significado: após a oração depois da comunhão, o Santíssimo é transladado solenemente em procissão para uma capela lateral ou para um dos altares laterais da igreja, devidamente preparado para receber o santíssimo.
Antes da transladação, o sacerdote prepara o turíbulo e incensa o Santíssimo três vezes. Depois, realiza-se uma pequena procissão dentro da igreja, que é precedida pelo cruciferário (pessoa que leva a cruz processional), velas e incenso.
Durante a procissão, canta-se o "Pange Lingua", traduzido em português, "Vamos todos...", exceto as duas últimas estrofes, "tantum ergo" (tão sublime sacramento...) que são cantadas depois da chegada da procissão na capela lateral, onde ficará o Santíssimo.
Após a transladação, a comunidade é convidada a permanecer em adoração solene até um horário conveniente. O significado é de ação de graças pela eucaristia e pela salvação que celebramos nestes dias do Tríduo Pascal.

Desnudação do Altar
A desnudação do altar hoje, é um rito prático, com a finalidade de tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus.
A desnudação do altar (denudatio altaris), ou despojamento, como preferem alguns, é um rito antigo, já mencionado por Santo Isidoro no século VII, que fala da desnudação como um gesto que acontecia na quinta-feira santa.
O sacerdote, ajudado por dois ministros, remove as toalhas e os demais ornamentos e enfeites dos altares que ficam assim desnudados até a Vigília Pascal. No antigo rito, durante a desnudação recitava-se um trecho de um salmo. O gesto da desnudação do altar tinha o significado alegórico da nudez com a qual Cristo foi crucificado.
O rito atual é realizado de modo muito simples, após a missa. Feito em silêncio e sem a participação da assembléia. As orientações do Missal Romano pedem que sejam retiradas as toalhas do altar e, se possível, as cruzes da igreja.
Caso isso não seja possível, orienta o Missal que convém velar as cruzes e as imagens que não possam ser retiradas.(Cf. Missal Romano, p. 253, n. 19).
O significado é o silêncio respeitoso da Igreja que faz memória de Jesus que sofre a Paixão e sua morte de Jesus, por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa.


PS: Hoje (21/04) também é comemorado o feriado de Tiradentes! ;)

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