terça-feira, 21 de agosto de 2012

Coluna da Jô


COLUNA DA JÔ

Não deixe sua autoestima prejudicar você[1]

Oi gente!
Tudo bem? Como passaram a semana? Gostariam de fazer alguma crítica, sugestão? Deixem aqui seus comentários.
Hoje eu trouxe para vocês um texto maravilhoso, retirado do site do Apoiar – WWW.apoiar.org.br, sobre autoestima. Quem de nós não tem ou não teve problemas em se aceitar? Ou quem de nós nunca se sentiu prejudicado pela opinião maldosa alheia? Então vamos refletir sobre como podemos reverter essa situação. Vamos lá?

Explicando de uma forma bem simples e objetiva, autoestima é a visão que a pessoa tem de si mesma, podendo ser positiva ou negativa. Essa visão é baseada em vários fatores que interferiram diretamen
te na formação da pessoa, como por exemplo, a relação com a família (elogios, críticas, harmonia familiar), a relação com a sociedade, crenças, etc.

Por exemplo: muitas pessoas, logo na infância, se desenvolvem em famílias que expressam pouco afeto, sem elogios, em lares desarmoniosos, brigas, etc. Esta dinâmica interferirá diretamente na formação e na segurança desta pessoa. As chances dela crescer achando que ninguém a ama, que ninguém a valoriza, que ela não merece o amor dos outros, é muito grande, consequentemente ela se portará socialmente como tal.

Obviamente com toda esta visão deturpada, como ela conseguirá ter segurança para conquistar alguém, ou depois de conquistar, como ela se sentirá merecedora daquela conquista, já que sempre se achou inútil, mal amada, desvalorizada, etc?

Em nossa sociedade, acabamos sendo levados a supervalorizar a questão estética e as pessoas que não se sentem dentro deste pseudo-padrão, se sentem diminuídas, porém, sugiro agora uma simples reflexão: tenho certeza que alguém já deve ter visto uma pessoa que não foi privilegiado pela “subjetiva” beleza, porém, ela é tão segura de si, tão alto astral, expressa tanta felicidade que acaba cativando as pessoas e muitas vezes, por que não dizer, alcançando grandes conquistas. A fórmula “mágica” desta pessoa é que “ela se ama” e se conhece a tal ponto que se sente segura de si, entendendo suas dificuldades, limites (que todos temos), porém, enaltecendo e valorizando suas qualidades.

Quero destacar que todos, absolutamente todos nós, temos qualidades e defeitos, porém, na percepção de alguns os defeitos acabam tendo um destaque tão grande que as qualidades ficam obscuras, suprimidas. Temos que nos libertar de crenças equivocadas que na maioria das vezes nós mesmos desenvolvemos.

Vamos a alguns simples e cotidianos exemplos?

Eu não sou tão boa quanto a minha amiga
Precisamos lembrar novamente, que todos nós temos qualidades e defeitos. Obviamente quem gosta de computadores, sistemas, informática e fizer uma relação com o fantástico Bill Gates, se sentirá muito inferior, porém, certamente em outras áreas o Bill Gates tinhas as suas dificuldades, suas fragilidades. Ele apenas percebeu o que tinha de melhor e se desenvolveu, e principalmente, confiou em si mesmo.

Queria muito ser magra, porém, tenho um corpão......
Primeiro lugar: o padrão de beleza é diretamente influenciado por uma sugestão (muitas vezes imposição) cultural ou social, portanto, o normal e anormal, bonito ou feio, é um conceito que se cria. Se lembrarmos de um passado não tão distante assim, as mulheres modelos eram as que apresentavam mais curvas. Quem diz que uma pessoa que não seja magérrima, padrão passarela, não poderá ter seu charme, seu carisma, sua inteligência, seu poder de sedução?

Lembra da frase “é dos carecas que elas gostam mais?” Certamente tem um público muito fiel que valoriza esta característica. Gosto é subjetivo e da mesma forma que existem as pessoas que gostam dos altos, tem quem gosta dos baixos. O grande diferencial que promoverá um destaque é: sendo alto ou baixo, acredite em você, se valorize e assim, você será do tamanho do seu sonho.

Queria ser mais alto, porém, sou tão baixinho
A questão da altura é algo que acomete principalmente os homens. Trazemos uma carga ancestral histórica de que o homem caçador era forte, alto, guerreiro, porém, lanço um desafio com a certeza que a maioria dos homens diriam que sim. Você trocaria toda essa necessidade da altura para ter o destaque, o sucesso, o talento e por que não dizer o dinheiro do baixinho Leonel Messi? Este jogador, com a sua baixa estatura, treinou, focou, se desenvolveu, aprimorou-se e principalmente: acreditou em si.

Isso é impossível para mim!
Tem uma frase espetacular atribuída ao artista francês Jean Cocteau que sempre repito: não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez. O impossível é uma palavra que denota limites que na maioria das vezes são promovidos por nós mesmos.

Já que estamos em época de Olimpíadas, vou comentar sobre os recordes. Os tempos, índices, são impossíveis para a grande maioria, porém, vários atletas treinam, se esforçam, se aperfeiçoam mesmo com algumas dificuldades e quebram a cada ano que se passa, novos recordes. Sabe qual a grande diferença destes atletas em relação à maioria das pessoas: eles acreditaram em si.

Todos da minha família sempre me criticaram
Sei que críticas dos familiares, principalmente pais tem uma interferência direta em nossas vidas, porém, já parou para pensar que às vezes os pais criticam e os seus próprios pontos de vista podem estar equivocados?

Quantas pessoas eu ouvi dizer: - Meus pais disseram que eu nunca seria nada na vida, porém, mostrei a eles que eu poderia ser capaz. A grande diferença nessa situação foi: mesmo ouvindo críticas, esta pessoa acreditou em si.

Com este meu texto, não tenho a ambição de suprir uma ajuda profissional, que muitas vezes é necessária. Meu único objetivo é mostrar que todos temos nossas qualidades, potenciais, porém, na maioria das vezes não sabemos usá-los ou estimulá-los.

Sair da zona de conforto e ir atrás das conquistas, sem dúvida nenhuma é o melhor caminho.

A vida é uma tela branca e nós temos o poder de desenhá-la como quisermos, basta apenas acreditar em nosso potencial e as pessoas respondem às nossas ações. O pincel é seu. Faça a sua arte. Promova as suas conquistas. Faça a sua história!

Pensem nisso!
Inté!



[1] * Alessandro Vianna é psicólogo clínico e sente um enorme prazer em estudar e entender o comportamento humano.

sábado, 11 de agosto de 2012

Dia do Advogado


O dia do advogado é comemorado no Brasil em duas datas distintas: 19 de maio e 11 de agosto.
Isso porque em 19 de maio é a data do padroeiro da profissão, Santo Ivo, que viveu 50 anos, de 1253 a 1303. 
O rapaz era de família humilde e aos 14 anos se interessou no curso de direito. Quando profissional, sua escolha foi trabalhar nas áreas de direito civil e canônico, defendendo os direitos das pessoas que não tinham meios de pagar por esses serviços.

Já a data de 11 de agosto surgiu como homenagem aos profissionais da advocacia, devido à criação do primeiro curso de direito do Brasil, através da Faculdade de Direito de São Paulo, em 1º de março de 1828, com um decreto assinado por D. Pedro I. A segunda faculdade do curso foi implantada em Olinda.
Em homenagem à criação da 1ª faculdade, comerciantes de restaurantes começaram a custear as despesas dos estudantes que frequentavam seus estabelecimentos. Com isso, instituiu-se o “dia do pendura”, onde os estudantes não precisariam pagar suas contas.
Porém, com o passar dos anos, o número de alunos nos cursos aumentou muito, causando prejuízos aos comerciantes, motivo pelo qual deram fim à brincadeira.
Mas em 1930, no Largo do São Francisco, estudantes voltaram com a brincadeira e ainda comem, bebem e saem sem pagar suas contas.
O profissional formado em direito pode atuar em duas áreas: na advocacia, trabalhando na defesa dos interesses de seus clientes, e na área jurídica, prestando concursos públicos para os cargos de promotor de justiça, delegado, juiz, procurador, dentre outros.
Ao terminar a graduação, os formandos devem tirar a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que lhes outorga o exercício da profissão.
No direito existem várias áreas para se trabalhar, pois aparece dividido de acordo com o círculo de necessidades das relações humanas, uma vez que tem como objetivo organizar a vida da sociedade.
Para isso, foram criados os códigos processuais, que retratam as normas, os direitos e deveres dos cidadãos em cada uma das áreas, podendo ser penal, civil, constitucional, administrativo, tributário, trabalhista, internacional, digital, ambiental, de direitos intelectuais, de arbitragem internacional, público e privado.
A área mais recente é a do direito digital, conferindo as responsabilidades de quem trabalha com o uso da informática e “as relações entre usuários, agentes e fornecedores, como provedores de internet, empresas de software, bancos e lojas virtuais”.
A área de arbitragem internacional “lida com disputas comerciais e fiscais entre países ou empresas e instituições de diferentes nações”.
Uma área que está em grande evidência é a do direito ambiental, cuidando da preservação do meio ambiente através das relações do homem com a natureza.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Coluna da Jô


COLUNA DA JÔ
ONDE ESTÁ O FOCO DA SUA MENTE?

            Oi gente! Tudo bem?
            Como passaram o mês de julho? Querem compartilhar algo? Uma sugestão, uma crítica?
            Hoje eu recebi um texto maravilhoso, da maravilhosa guerreira e batalhadora Silvana Prado, a fundadora do APOIAR (www.apoioar.org.br). Gostaria que vocês lessem e pensassem a respeito. É um texto para saborear, ler, reler e pensar.
            Vamos lá?

O mito do foco

Era uma vez um pequeno lagarto que espreitou um inseto tão entretido em colher seu pólen que nem se deu conta do perigo. O lagarto focou pacientemente no inseto, fez a mira perfeita e zap! Lançou sua língua mortal e capturou o seu almoço. Tão concentrado ele estava em enquadrar o inseto que não se deu conta de que um grande pássaro o estava observando atentamente e mal o lagarto engoliu o seu almoço o pássaro deu um voo fulminante e pinçou o lagarto que ainda se debateu. Nesse momento um homem que estava vendo a cena de perto retesou seu arco e certeiramente acertou o pássaro que caiu. Ainda saboreando a recompensa pela sua paciência e concentração ele nem percebeu que havia subido num formigueiro de formigas assassinas que já escalavam a sua perna” 

"Hoje vejo com preocupação que todos estão cheios de suas razões, todo mundo tem foco, ou sonha em ter, como se fosse um relógio de marca ou um penteado da moda" Hoje está na moda se falar de “FOCO”. Fulano não tem foco, os jogadores estão focados na partida, o bom executivo tem de ter foco na sua carreira e vai por aí. O deus da vez é o foco! 

Todo conceito que se populariza e é repetido de forma leviana, se perde em labirintos de sutilezas, sub-significados e carências de compreensão. 

De vez em quando sacralizamos certos mitos e vamos repetindo, reproduzindo sem que antes tenham passado por uma análise socrática ou taoísta para vermos o seu “outro lado”.

Ter foco não é qualidade ou mérito por si só - loucos, psicopatas, ignorantes movidos por patologias mentais costumam ter foco, só que quando a loucura é demais chama-se de obsessão. 

Dizer que uma pessoa é focada não nos diz absolutamente nada sobre o caráter ou a índole dessa pessoa. Nunca contrataria alguém apenas com essa informação - ao contrário muito foco pode esconder algum tipo de mente absoluta.

A História está cheia de exemplos de líderes cheios de foco, que insistiram em decisões equivocadas, (para não perder o foco), e levaram seus comandados ao desastre e à morte. Saber o que se quer com absoluta clareza nem sempre é virtude. Você conhece alguém mais focado que Hitler, ou que soubesse exatamente o que queria e como queria como Napoleão? Ou Bin Laden?

A nossa sociedade valoriza demais as certezas (tanto é que uma frase, chavão popular, é a resposta “com certeza”), as “atitudes” e com isso vai abrindo espaço para todo tipo de psicopatas e psicóticos que mais que ninguém “sabem com certeza o que querem”. 

Líderes fanáticos ou fanatizantes, são pessoas que têm absoluta certeza de suas convicções e podem contagiar quem têm sacos desocupados de certezas. Eles “têm um plano”. Aparentemente alguém com foco, que sabe exatamente o que quer, serve de farol às multidões que vagam nos oceanos das incertezas e dúvidas. E aí mora o perigo. Simular convicção é muito fácil, qualquer um com a mente suficientemente doentia e algum talento histriônico pode fazê-lo.

Lembro-me de um dos meus primeiros empregos como professor de inglês num curso para adultos. O coordenador me deu um conselho de alguém com anos de experiência (eu tinha acabado de fazer dezoito anos): nunca diga em sala de aula: “Eu não sei! Se não souber de algo, dê uma enrolada, muda de assunto, e depois vai checar e volta com a resposta na ponta da língua.” Na minha primeira aula tive a satisfação de poder dizer “Eu não sei, mas vou pesquisar no nosso próximo encontro falamos sobre isso”

Hoje vejo com preocupação que todos estão cheios de suas razões, todo mundo tem foco, ou sonha em ter, como se fosse um relógio de marca ou um penteado da moda.

Mais importante que o foco é a visão lateral ou o raciocínio lateral. Pensar e perceber o panorama geral e computar todos os dados disponíveis dos cenários possíveis e não apenas o “olhar fixo no objetivo” pode ser fundamental para o sucesso de uma tarefa ou missão. 

O foco muitas vezes hipnotiza e nos deixa com aquela estranha convicção (muito comum nos políticos) de que tendo fixado a mira, o alvo não nos poderá escapar. Só que muitas vezes nos esquecemos de combinar isso com o alvo ou com as circunstâncias (chamadas também de variáveis) que envolvem a missão.

O olhar focado no objetivo muitas vezes desperdiça as inúmeras possibilidades do trajeto até esse objetivo. Como diz a sabedoria oriental “O verdadeiro objetivo é o caminho e não a chegada”. 

Ter a coragem de exercitar as suas dúvidas em público, permitir que seu foco perca a nitidez diante de argumentos sólidos, dizer “eu não sei” - “pode ser que eu esteja errado” - essa é a verdadeira fórmula da sabedoria e da evolução pessoal e profissional. 

por Roberto Goldkorn

Pensem nisso!
Inté!

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