terça-feira, 14 de junho de 2011

Coluna da Jô

COLUNA DA JÔ

PARTE 2

Oi gente! Tudo bem com vocês? Como passaram a semana? Refletiram um pouquinho? Sabem que tipo de indivíduos vocês são? Vivem ou sobrevivem? Gostariam de compartilhar algo aqui conosco? Sintam-se à vontade.

Bom, quero retomar o assunto da nossa conversa da semana passada. Alimentamos nosso consumismo com o que há de melhor no mundo, e nos esquecemos de alimentar nosso corpo e nossa alma... Conheço, pessoalmente, pessoas que não tem o que comer e vestir, mas possuem a internet mais rápida que existe, bem como o último modelo de aparelho celular, o mais moderno do mercado. Certamente vocês dirão: que bobagem! Que pessoa mais imbecil! Eu não faço isso! Será? Olhe bem de perto a sua vida. O que você prioriza? Você vive para ter? Ou vive para ser feliz?

A maior parte das pessoas que conheço, vive para ter. O verbo que mais conjugam é o “querer”. Querem tantas coisas que só dinheiro pode comprar. Nada contra. Também quero economizar e viajar para a Europa. Programar-se, poupar, é saudável e natural. Agora, viver para ter dinheiro e viver para “ter” coisas que você “quer”, não pode ser o único objetivo da vida.

Para mim, o grande problema, e digo mais, o grande problema social (sim, já virou uma patologia social, que eu acho que psicólogos e cientistas sociais irão em breve se debruçar sobre o assunto), é o consumismo desenfreado, que é sinônimo de “ascensão social”.

Na nossa sociedade moderna e insana, você só é alguém se tem algo. Nunca me esqueci de uma mulher que morava num cortiço próximo à minha casa, mas tinha uma bolsa de couro no valor de R$ 2.000,00. Trabalhava muito, deixava de comer, mas estava lá: andando à pé e de ônibus com a bolsa original! Se você parar e refletir, se lembrará de outros exemplos parecidos...

Nessa sociedade maluca na qual vivemos, Ter Algo equivale a Ser Alguém! A equação é simples: Ter = Ser. E para chegar a Ter e Ser, é necessário dinheiro. Não vou entrar aqui na questão da aquisição ilegal de fundos, capital, verbas, dinheiro, através da bandidagem ou qualquer outro método ilícito ou imoral de obtenção de renda. Não! O que me interessa aqui é a obtenção do dinheiro através do salário ou de qualquer outra forma legal e honesta de obtê-la.

Por que trabalhamos? Para o desespero dos marxistas, hoje em dia não se trabalha para a reprodução da força de trabalho (e de todas as suas implicações por detrás disso).Trabalhamos para obter dinheiro. Tendo dinheiro compramos coisas (até sentimentos). Se tenho coisas e “afetos”, subo na escala social. Sou melhor que o outro. Sou melhor que meu colega.

Por isso vemos tanta gente amargurada, invejosa e egoísta. E o que ainda é pior do que isso? Aquelas pessoas que usam o dinheiro, a ascensão social, para humilhar e desprezar os outros...Porque, na minha humilde opinião, o desejo de todo trabalhador que não é patrão, é SER PATRÃO! Não no sentido de ter um negócio próprio, de ser um empreendedor....Mas no sentido de poder MANDAR EM ALGUÉM. Ter um funcionário (mesmo doméstico), e começar a mandar na pessoa...Acham que estou exagerando? Verdade? Já moraram ou trabalharam em condomínios? Como os moradores ou aqueles que alugam salas e escritórios, tratam faxineiras, porteiros, seguranças, DO CONDOMÍNIO? Como se fossem patrões...Como você trata os seus subordinados?

Pensem nisso...Como vocês tratam as pessoas? E como vocês se comportam com o dinheiro? Alimentam o seu consumismo? Alimentam seu corpo? Sua alma? Embelezam a sua vida e a vida dos que estão ao seu redor? Ou trazem a sujeira e a feiura para si e para os outros?

Até a semana que vem.

Inté!

Um comentário:

  1. Oi Jô, tudo bem irmã?!
    Vim postar aki oq eu lhe enscrevi por email, assim o pessoal verá que prestigio sim seus textos e sua coluna!
    Aki vai: "Devo dizer que a cada novo texto, vc está melhor e melhor, tanto em relação aos temas escolhidos qto na forma de sua abordagem e escrita!"
    Bjus irmã!
    TE ADORO!
    =)

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