A CAMISA AMARELA
Oi gente! Tudo bem? Como passaram a semana?
Hoje eu gostaria de compartilhar com vocês uma reportagem da revista O2, que eu li há muito tempo, mas sempre guardo essa matéria no meu coração, na minha mente e no meu espírito. Acreditem: esse é um dos maiores exemplos de superação que eu já vi. E eu me pergunto: se ele conseguiu, por que eu ou você não conseguiria? A matéria completa vocês podem achar em: http://o2porminuto.uol.com.br/, e foi escrita pelo Marcos Caetano. Vamos lá?
“Le maillot jaune – a camiseta amarela – assim os franceses distinguem o atleta que ocupa a liderança do Tour de France, a mais importante prova ciclística do mundo. Nos últimos seis anos, o dono da camiseta amarela foi o norte-americano Lance Armstrong. O simples fato de conquistar o Tour de France sete vezes seguidas já seria suficiente para transformar o atleta texano num mito do esporte, já que, antes dele, só o espanhol Miguel Indurain havia conseguido o pentacampeonato da prova em anos consecutivos. Mas Lance Armstrong é muito mais do que um herói esportivo. Ele é um exemplo de superação para a raça humana.
Depois de se tornar, ainda bem jovem, campeão em provas de velocidade, Armstrong viu seu mundo desmoronar ao ouvir o diagnóstico de um câncer no testículo, com metástase no pulmão e no cérebro. Os médicos lhe davam pouquíssimas esperanças de sobrevivência e nenhum alento de um dia voltar a pedalar uma bicicleta em competições. Após muitos meses de doloroso tratamento – que incluiu uma delicada cirurgia no cérebro e incontáveis sessões de quimioterapia –, Armstrong superou a terrível doença. Milagre de Deus e da ciência, foi o que mais se ouviu sobre a impressionante recuperação. Mas os milagres estavam apenas começando. Livre da enfermidade, o atleta casou-se, conseguiu ser pai e voltou a pedalar. Antes do câncer, ele era um ciclista de grande massa muscular, como todos os competidores de provas curtas. Do terrível episódio restou um homem esquálido, com biótipo mais próximo dos competidores de provas de resistência. Apenas para provar para si mesmo que continuava vivo, Armstrong passou a seguir uma rotina de treinamentos, buscando reeducar seu estilo para as provas longas.
O condicionamento foi melhorando, os tempos baixando, até que, em 1999, o renascido ciclista decidiu se inscrever no Tour de France. Estar entre os inscritos era uma vitória pessoal. Terminar a prova seria uma façanha indescritível. Mas ele foi mais longe. Chocando o mundo, Armstrong passou pelo Arco do Triunfo naquela tarde de julho vestindo a camiseta amarela. Após mais de 80h e 20 dias de competição, o título da prova mais difícil do ciclismo internacional pertencia a alguém que havia vencido a morte e deixado o leito de um hospital para se tornar o maior atleta de sua modalidade. Insaciável em sua sede de viver – e de vencer –, Armstrong repetiu a façanha em 2000, 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005. No ano passado, pela sétima e última vez desde que voltou à vida, ele pedalou pelos Champs-Elysées com a gloriosa camisa amarela, sob a ovação frenética de milhares de testemunhas. Sim, porque os que vêem um prodígio como Lance Armstrong desfilando seus milagres pelas ruas de Paris não são simples espectadores: são testemunhas do que o espírito humano é capaz de sobrepujar.
Após a sétima vitória consecutiva, Lance decidiu se aposentar. Não precisava provar mais nada para ninguém. E, principalmente, não precisava provar mais nada para si próprio. Antes mesmo de deixar as pistas, o herói ciclista já fazia muito pelos desfavorecidos. Agora, fará ainda mais. Sua campanha de arrecadação de fundos para financiar estudos que ajudem a descobrir novos métodos de combate ao câncer, por intermédio da célebre pulseira amarela com a inscrição “LIVESTRONG”, foi um dos maiores sucessos da história das campanhas institucionais. Quem não comprou, ou não pensou em comprar, a pulseirinha amarela, não deve ter vivido neste planeta nos últimos tempos. Depois do êxito das pulseiras de Armstrong, várias outras foram desenvolvidas – algumas por causas igualmente nobres, como a ajuda aos países devastados pelo tsunami e a conscientização contra o racismo no futebol, e outras para fins meramente publicitários.
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O câncer é uma enfermidade terrível e traiçoeira. Sua cura, para muitos, é virtualmente uma impossibilidade. Mas, se Lance Armstrong venceu a doença, se durante sete anos ele venceu os igualmente terríveis, íngremes e traiçoeiros montes Pirineus para cruzar o Arco do Triunfo com a mítica camisa amarela, por que deveríamos desistir assim tão fácil?”
Com esse belo exemplo de vida, despeço-me de vocês e peço que reflitam. Todos nós podemos usar ou não a “camisa amarela”. Só depende de nós.
Inté!
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