quarta-feira, 25 de maio de 2011

Deu Branco??

Não sei vocês, mas comigo, essa história de dar branco, já aconteceu inúmeras vezes; principalmente em provas!
E justamente por isso, resolvi pesquisar a respeito pra tentar entender porque isso acontece. Eis o que encontrei:
 
HD LOTADO

Você anda esquecendo coisas importantes?
Cuidado! Seu “hard disk” pode estar cheio

Você passou a noite estudando e quando chega na hora da prova dá aquele branco. E por mais que se esforce, que tente puxar pela memória, nada vem à cabeça. Quem nunca se viu em uma situação parecida? E nem precisa ser algo complexo como as matérias da faculdade. Quantas vezes a gente não esquece onde deixou as chaves do carro ou de casa, aniversários de pessoas importantes ou mesmo os compromissos agendados? Não importa o quê, a gente está sempre esquecendo alguma coisa.
E isso não tem nada a ver com a idade. A todo instante nós somos bombardeados por uma infinidade de informações. Visuais, gustativas, auditivas, táteis ou sensitivas, essas informações são processadas em várias partes do nosso cérebro e se transformam em memórias.
O psiquiatra e professor da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas Gabriel Roberto Figueiredo explicou que memória é a capacidade do ser humano de reter informações. Ela divide-se em três momentos: a memória imediata, que é o registro do que aconteceu nos últimos minutos; memória recente, que é o registro dos fatos das últimas 24 horas; e a memória remota ou de longa duração, que é o arquivo de tudo o que nos acontece ao longo da vida. Mas como explicar o porquê de algumas informações não ficarem gravadas no cérebro? 
Segundo os especialistas, essa sobrecarga de informações tem relação direta com os Jornal da PUC-Campinas 11 a 24 de maio/2009 nossos lapsos de memória. “Esse nervosismo da sociedade contemporânea nos leva, frequentemente, ao prejuízo de todas as funções cognitivas. Então, é possível que as pessoas, passando por estressores psicossociais intensos, venham ter prejuízo da memória”, afirmou Figueiredo.
Estudos sugerem que é preciso esquecer algumas coisas para que exista mais espaço no cérebro para as coisas importantes. Na opinião de Mauro Oliveira, neurologista e professor da Faculdade de Medicina da PUCCampinas, precisamos aprender a priorizar as informações mais relevantes, de modo que o próprio cérebro consiga diferenciar um dado importante de outros que não trariam problemas se forem esquecidos. “Caso contrário, vai chegar uma hora em que o seu ‘hard disk’ vai ficar cheio e ele vai escolher o que apagar e, junto disso, irão coisas que não eram para ser jogadas fora”, exemplificou Oliveira. 
Já que a importância que damos a cada informação que recebemos diariamente está ligada às falhas na memória, é possível entender a razão de lembrarmos daquilo que dissemos ao nosso cérebro ser relevante e esquecermos aquilo que não demos muita atenção. De acordo com Oliveira, quando damos importância à alguma informação usamos nossos sentidos para gravá-la em diversas partes do cérebro. É a memória sensorial. Para explicar como ela funciona, o neurologista usa o primeiro encontro como metáfora. “No dia em uma moça vai sair pela primeira com um rapaz, ela se arruma, se maquia e passa perfume, ou seja, manda um monte de dados sensoriais para o cérebro sinalizando a importância daquele momento.” O segredo para não se esquecer, segundo ele, estaria em dar relevância ao que precisa ser lembrado. “Quem estuda, por exemplo, não adianta pegar o caderno na véspera da prova e pensar: ‘isso é chato, isso não é legal’. Mas se a pessoa pega a matéria e, mesmo que não goste dela, dá um tratamento especial, relaciona o que está lendo com algo do seu dia-a-dia, ela está empregando sentidos e passando aquela informação para a memória de longa duração”, aconselhou.

Outras informações sobre esse tema podem ser encontradas aqui. (link acrescentado por Debs-Chan!)

Fonte: Jornal da PUC-Campinas

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