A “Árvore de natal”, conhecida em algumas regiões da Europa como “Árvore de Cristo”, desempenha papel importante na data comemorativa do nascimento de Jesus e representa agradecimento por sua vinda.
Entre as versões sobre sua procedência, a maioria delas indicando a Alemanha como país de origem, a mais aceita atribui a novidade ao padre Martinho Lutero (1483-1546), autor da reforma protestante do século XVI.
Ele montou um pinheiro enfeitado com velas em sua casa. Queria, assim, mostrar às crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo.
Os relatos de meados do século XVII, provenientes da Alsácia (França), são de que florescimentos de árvores no dia do nascimento de Jesus, levaram os cristãos da antiga Europa a ornamentar suas casas com pinheiros no dia do natal, única árvore que, nas imensidões da neve, permanece verde.
O costume de preparar este complemento do presépio foi passando de vizinhança em vizinhança, alcançando hoje até países onde a neve é um fenômeno desconhecido.
Na Roma antiga, os romanos penduravam máscaras de Baco em pinheiros para comemorar a "Saturnália", uma festa que coincidia com o nosso natal.
Antecedentes
A Árvore de natal é um pinheiro ou abeto, enfeitado e iluminado, especialmente nas casas particulares, na noite de natal.
A tradição da Árvore de natal tem raízes muito mais longínquas do que o próprio natal.
Os romanos enfeitavam árvores em honra de Saturno, deus da agricultura, mais ou menos na mesma época em que hoje preparamos a Árvore de natal. Os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casa no dia mais curto do ano (que é em Dezembro), como símbolo de triunfo da vida sobre a morte. Nas culturas célticas, os druidas tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maças douradas para festividades também celebradas na mesma época do ano.
Segundo a tradição, S. Bonifácio, no século VII, pregava na Turíngia (uma região da Alemanha) e usava o perfil triangular dos abetos com símbolo da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Assim, o carvalho, até então considerado como símbolo divino, foi substituído pelo triangular abeto.
Na Europa Central, no século XII, penduravam-se árvores com o ápice para baixo em resultado da mesma simbologia triangular da Santíssima Trindade.
Árvore de natal como hoje a conhecemos
A primeira referência a uma “Árvore de natal” surgiu no século XVI e foi nesta altura que ela se vulgarizou na Europa Central, há notícias de árvores de natal na Lituânia em 1510.
Diz-se que foi Lutero (1483-1546), autor da reforma protestante, que após um passeio, pela floresta no Inverno, numa noite de céu limpo e de estrelas brilhantes trouxe essa imagem à família sob a forma de Árvore de natal, com uma estrela brilhante no topo e decorada com velas, isto porque para ele o céu devia ter estado assim no dia do nascimento do Menino Jesus.
O costume começou a enraizar-se. Na Alemanha, as famílias, ricas e pobres, decoravam as suas árvores com frutos, doces e flores de papel (as flores vermelhas representavam o conhecimento e as brancas representavam a inocência). Isto permitiu que surgisse uma indústria de decorações de natal, em que a Turíngia se especializou.
No início do século XVII, a Grã-Bretanha começou a importar da Alemanha a tradição da Árvore de natal pelas mãos dos monarcas de Hannover. Contudo a tradição só se consolidou nas Ilhas Britânicas após a publicação pela “Illustrated London News”, de uma imagem da Rainha Vitória e Alberto com os seus filhos, junto à Árvore de natal no castelo de Windsor, no natal de 1846.
Esta tradição espalhou-se por toda a Europa e chegou aos EUA aquando da guerra da independência pelas mãos dos soldados alemães. A tradição não se consolidou uniformemente dada a divergência de povos e culturas. Contudo, em 1856, a Casa Branca foi enfeitada com uma árvore de natal e a tradição mantém-se desde 1923.
Fonte: Portal São Francisco
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