terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Coluna da Jô

COLUNA DA JÔ

QUERER E PRECISAR

Oi gente! Tudo bem? Como passaram a semana? Querem compartilhar algo? Alguma crítica? Sugestão? Deixem aqui seus comentários.

Hoje aconteceu algo muito engraçado. Sentei-me para escrever a coluna e fiquei pensando: “Sobre o que irei escrever?”. Imediatamente meus olhos viram a seguinte frase escrita num livro: “não sabemos mais a diferença entre o que queremos e o que precisamos.” Ao ler isso, várias ideias começaram a “pular” dentro da minha mente. Então pensei em compartilhar com vocês algumas dessas ideias. Preparados? Então vamos lá!

Já disse aqui em outras oportunidades, que vivemos numa sociedade cada vez mais consumista. Compramos porque temos dinheiro, compramos porque queremos, compramos porque precisamos, compramos como auto afirmação, compramos porque desejamos status, compramos porque necessitamos “calar”algumas ausências, carências ou sentimentos de culpa. Enfim...compramos. Passamos a vida trabalhando para comprar, para ter algo. Pois, nesse mundo maluco em que vivemos, só somos alguém se tivermos algo.

Ter, possuir, infelizmente, virou sinônimo de ser. Triste, não é mesmo?Mas eu não me iludo, nem quero que vocês se iludam: eu, e tenho certeza que vocês também, já compraram algo por impulso, achando que precisavam realmente daquilo, e, no final, tivemos um “rombo” no orçamento, e uma frustração na alma.

Para o próximo ano uma das minhas metas será: colocar numa lista tudo o que deixei de comprar por impulso num mês, somar, e ver quanto eu não gastei; ou melhor, quanto eu poupei. Por que você não faz isso também? É um grande exercício de paciência, de aprender a lidar com a ansiedade. Vamos tentar?

Voltando ao assunto: querer e precisar; o que nos leva à impulsividade de querer tudo e achar que precisamos de tudo? Estímulo da mídia? Sim. Carência emocional? Com certeza? Antes de achar que precisamos, que necessitamos de algo, devemos fazer um auto exame crítico, nos perguntando: “realmente preciso disso? Vou usar? É importante?”Porque além de nos afundarmos em dívidas, de entulhar nosso lares com coisas inúteis, estamos perdendo a noção do que realmente é importante em nossas vidas: nós mesmos e as pessoas que amamos.

Gente, nós somos importantes! As pessoas que amamos são importantes. Precisamos do amor, do convívio, da aceitação delas, bem como elas precisam de nós. Se nós só expressamos nosso carinho e atenção “dando” bens materiais aos outros, estamos “comprando” amor e não “merecendo” amor. Quando “ter” ficou mais importante do que “ser” e “amar”?

Pensem nisso!

Inté!

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