terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

COLUNA DA JÔ

        Oi gente!
        Tudo bem?
        Como passaram a semana?
        Bom, hoje eu estava aqui pensando sobre o que iria escrever para vocês e para mim essa semana. Hum....acharam estranho? Eu não escrevo apenas para vocês...Escrever é um ato de libertação para mim. Bom...acho que exagerei e dramatizei...Escrever é, na verdade, uma maneira de organizar minhas ideias, meus pensamentos. Os pensamentos atropelam as nossas mentes, “todos juntos e misturados”, e ao escrever, conseguimos separar e analisar cada pensamento, cada sentimento e emoção.
        Então tá! Vou escrever sobre “escrever” essa semana. Prontos? Vamos lá?
        Já disse que escrevo para organizar minhas ideias. E também para conseguir refletir e meditar a respeito. A minha mente é cheia de ideias. Fervilham como água fervendo. Nesse estado, é difícil analisar um pensamento de cada vez, uma ideia de cada vez, um sentimento de cada vez. Geralmente eles aparecem todos ao mesmo tempo. Pulando e gritando. Infelizmente não se organizam em fila, não esperam a sua vez para falar. Ou seja: um caos, uma confusão. Daí é difícil, pelo menos pra mim, saber qual ideia, qual pensamento está mais incomodando no momento.
        Lógico que sempre achamos que foi a última coisa que pensamos, ou melhor, a coisa que mais me chamou a atenção no momento, o “causador” de tanto estresse. Sabe aquela história: você vai num churrasco come o dia inteiro, sem se refrear, bebe sem parar, e antes de dormir toma um chá ou um copo de leite, vomita e pensa: “foi o chá/leite/água, a última coisa que enfiei pra dentro?”. Os pensamentos também são assim. Tendemos a achar que o problema é SÓ aquilo que está nos INCOMODANDO NESSE EXATO MOMENTO. Mas na maioria das vezes, ele é apenas a gota d’água que fez o copo transbordar; pois copo vazio não transborda....
        E o que tudo isso tem a ver com o tema dessa semana? Bom, quando o meu copo está quase transbordando, eu começo a escrever. A rascunhar. Sou do tipo de pessoa que só sabe falar ao telefone se estiver com um pedaço de papel e lápis do lado, e enquanto a pessoa fala, eu desenho. Vejam bem: eu dou toda a atenção do mundo a quem está do outro lado do telefone. Mas não deixo de desenhar. Uma vez eu li que quem faz isso, procura organizar um subconsciente bagunçado (tipo o meu). E que deveria levar esses desenhos para uma sessão de terapia (jungiana). Ainda não fiz isso, mas um dia eu chego lá. Enquanto isso continuo rabiscando.
        Tenho um hábito terrível de comprar cadernos e canetas. Tenho milhares de cadernos, grandes, pequenos, de todos os tipos e formatos, capas, caros, baratos, todos espalhados pela casa. Canetas eu TINHA mas elas somem. Creio que vão para alguma dimensão paralela, algum outro planeta, ou gnomos as roubam, ou alguém tiram elas do lugar e não devolvem. Simplesmente desaparecem....Mas os cadernos não. Estão em todos os lugares até dentro de bolsas. Não saio sem caderno e caneta. As ideias mais legais que tive na vida, as grandes decisões que eu TIVE que fazer ao longo da minha vida, foram tomadas na rua: no carro, no ônibus, em vários lugares, e eu as anotei para colocar em prática mais tarde. Por que não foram tomadas dentro de casa? Olha, depois de anos de estrada, e mais alguns de terapia, descobri que você precisa se distanciar do problema, enxergá-lo de outra forma, para que possa ver o resultado.
        Acho extremamente difícil conseguir “pensar” sem rascunhar, sem escrever. Como disse, minha mente não é um lugar tranquilo e educado. Para conseguir elaborar uma ideia, um plano de ação, sempre recorro ao papel e ao lápis. Quando fui reconvidada a reescrever novamente a coluna, coloquei o desafio de escrever a coluna diretamente no notebook, sem primeiro escrever no papel e depois “passar a limpo” no note. É um exercício de paciência enorme, porque parece que os pensamentos são mais rápidos que meus dedos (e de fato são, e olha que eu digito super rápido. Fiz curso de datilografia quando os dinossauros ainda andavam por sobre a Terra). Muitas vezes, talvez, vocês irão se deparar com algum erro de digitação ou gramatical, ou uma falta de vírgula (meu note não gosta da vírgula), mas é porque pensar e digitar são ações que precisam estar integradas, e quando elas se integram, se combinam, os dedos ganham vida e vão por aí digitando sem fim.
        Tá. Mas vamos lá: por que escrever? Eu te pergunto: por que não escrever? Está com um problema? Escreva-o no papel. Depois de escrevê-lo coloque ao lado dele 5 possíveis soluções ou desfechos do problema. E leia o que escreveu. Achou uma resposta? Ótimo! Não achou? Ótimo, retirou o problema da mente. Uma vez aprendi com a Silvana Prado do site APOIAR, que a melhor maneira de combater o estresse e ansiedade, é escrever num papel todas as suas preocupações (pode ser até uma lista interminável), pois é como “retirar” as preocupações por um tempo da mente. Mas alguém pode me perguntar: papel? Lápis? Caneta? Eu tenho ipad, iphone, sei lá mais o que....Ué? Escreve nele criatura! O importante é escrever, ou melhor DIGITAR. O importante é ter um tempo só entre você e sua mente. Eu escrevo, você digita, outra pessoa pinta, outros ouvem música sozinhos....tudo é válido, desde que consiga ouvir a sua mente. Ouvir os seus pensamentos. Concentrar-se. E quando conseguir se concentrar, entender. Entender você para depois entender ao outro.
        Pense nisso.

        Inté!

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