Estava eu assistindo ao canal NatGeo (National Geographic) quando deu início a um documentário sobre a possível existência de uma papisa (papa mulher) na história da Igreja Católica e isso realmente me deixou intrigada e curiosa, então, resolvi pesquisar sobre ela e postar aqui no blog.
Lá vai:
Lenda da Papisa Joana:
A lenda aparece pela primeira vez em documentos do início do século XIII, situando os acontecimentos em 1099. Outro cronista, também do século XIII, data o papado de Joana de até três séculos e meio antes, depois da morte do Papa Leão IV, coincidindo com uma época de crise e confusão na diocese de Roma. Joana teria ocupado o cargo durante dois ou três anos, entre o Papa Leão IV e o Papa Bento III (anos de 850 e 858).
Versões:
Existem diversas versões para tal lenda. Uma delas afirma que Joana havia nascido no oriente, com nome de Giliberta, e vestia-se de homem para estudar Filosofia e Teologia. Sendo o estudo proibido à mulheres, percebemos o quanto uma mulher tornar-se líder da maior instituição da época era algo grave. Por isso alguns acreditam que os Católicos Ortodoxos possam ter implantado essa lenda para macular o nome da igreja “inimiga”.
Depois de algum tempo, Joana (ainda como homem), impressionara os doutores da Igreja Católica com sua sabedoria. Após a morte do Papa Leão IV, ela/ele assumiria o cargo papal como João VII. A mesma versão também conta que Joana havia se apaixonado por um guarda suíço e engravidara dele.
Já a versão difundida pelo cronista Martinho de Opava conta que Joana havia nascido na Alemanha, e era filha de um casal inglês. Na idade adulta, casou-se com um monge e foi morar na Grécia, onde teria se vestido de homem para não causar escândalos. Começou a se chamar Johannes Angelicus, e tornou-se monge, e posteriormente um cardeal (João, O inglês). Após a morte do Papa Leão IV, com voto unânime, tornou-se Papa. Nessa versão também engravidara. A justificativa de ninguém descobrir o fato é que as roupas do Papa são largas o suficiente para não se perceber uma barriga.
Versões de sua morte:
Na primeira delas, ela morreu com complicações no parto enquanto os cardeais gritavam ao pé da cama: “É um milagre!”.
Na segunda, Joana teria as dores do parto em meio de uma procissão e morreria apedrejada pelos fiéis, pois eles acreditavam que o trono de São Pedro havia sido profanado.
Adaptações literárias:
O material lendário sobre a mulher que ocupou o trono papal, despertou o interesse não somente em historiadores e teólogos, mas também em editores literários, teatrólogos, compositores, cartunistas, etc.
- Boccaccio, Joana anglica o Papade, do livro De claris mulieribus, de 1374;
- Dietrich Schernberg, Spiel von Frau Jutten, editado em 1485; depois em Eislebener 1565; reportado por Manfred Lemmers, em seus Textos do final da Idade Média e início do período moderno e por Erich Schmidt, Berlim, 1971(drama em verso espiritual)
- Hans Sachs, Historia de Joana Angélico, a Papisa. Ed. por Adelbert von Keller. Biblioteca Associação de Litterarische Stuttgart Vol oitavo Tübingen 1874, pp 652-655.
- Achim von Arnim, O Papa Joana - Peça Teatral. Berlim 1813 (drama romântico Universal)
- Wilhelm Smets, O conto do Papa Joana rediscutido. pappers e Kohnen, Colónia 1829
- Emmanouil Roidis, A Papisa Ioanna 1866
- Paul von Friedrich, A Papisa Joana. Geschichte Ihre wahre. Aus d. Neugriech. Bergisch-Gladbach, Bastei-Lübbe 2000, ISBN 3-404-14446-5 (Estudo da Idade Média, romance histórico)
- Ludwig Gorm, A Papisa Joana. Novela. Delfim-Verlag, Munique 1912
- Bertolt Brecht, O Papa Joana: Tomo Vol 10 ISBN 3-518-40010-X (Peça teatral - fragmento)
- Donna Woolfolk Cross, Papa Joana, em 1996 (romance histórico)
- Papa Joana. Berlin, Ruetten e Loening, 1996, ISBN 3-352-00527-3
- Klaus Völker (eds). Papa Joana, Um livro de leitura. Wagenbach, Berlim 1977, ISBN 3-8031-2031-4
Adaptações filmográficas:
- Papa Joana (Pope Joan), com Liv Ullmann no papel-título, dirigido por Michael Anderson, Grã-Bretanha 1972
- Papa Joana (Die Päpstin), com Johanna Wokalek no papel-título, dirigido por Sönke Wortmann, Alemanha/Grã-Bretanha 2009
Até hoje pouco se sabe sobre o quanto há de verdade nessa lenda. Um fato muito peculiar é que uma das cartas do Tarot teria “A Papisa” representa a “sabedoria e a chave de todos os mistérios do mundo”.
E qual a opinião de vocês? Ela realmente existiu ou essa história é apenas intriga da oposição???
Fonte: Wikipedia e Mistérios do Mundo