COLUNA DA JÔ
SOMOS
HÓSPEDES NA TERRA
Oi gente!
Tudo bem?
Como passaram a semana? Gostariam de compartilhar algo conosco?
Hoje eu
gostaria de convidá-los a refletir sobre como a vida é breve. Como devemos
planejar e viver cada dia, de uma maneira frutífera, fazendo o bem para si
próprio e para os outros. Porque nós não somos donos de nada. E quando não mais
existirmos, deixaremos tudo para trás. Vamos lá?
Um conto
alemão antigo diz que num belo castelo, do qual já há muito não resta nenhuma
pedra sobre pedra, vivia, outrora, um cavalheiro muito rico. E ele gastava
muito dinheiro em embelezar seu castelo magnífico; porém, jamais se lembrava
dos pobres e nada fazia por eles.
“Conta-se
que certa noite veio um pobre peregrino ao castelo e pediu uma pousada para a
noite. O cavalheiro irritou-se e mandou-o embora altivamente, dizendo:
- Este
castelo não é uma hospedaria.
O caminhante
pensou um instante e inquiriu:
- O senhor
permite-me ao menos fazer-lhe duas ou três perguntas, depois prometo que me
retirarei.
O senhor do
castelo, um tanto surpreendido, mas com o semblante impassivo, permitiu-lhe:
- Pois bem,
faça as perguntas. Eu vou respondê-las.
O velho
caminhante perguntou-lhe então:
- Quem
morou, antes de você, neste castelo?
- Meu pai,
claro – disso o dono do castelo.
O romeiro
continuou:
- Quem morou
nele antes de seu pai?
- Meu avô,
somos de família tradicional – explicou o cavalheiro.
- E quem vai
morar nele, depois de você?
O rico homem
do castelo respondeu prontamente:
- Se Deus
quiser, meu filho.
- Pois bem –
disse o sábio andarilho -, se cada morador se demora apenas certo tempo neste
castelo, e um sempre cede o lugar a outro, o que mais são senão hóspedes?
- Este
castelo é, portanto, na verdade uma hospedaria. Sendo assim, creio que não deve
gastar tanto para ornar tão suntuosamente um palácio, que é somente uma casa e
só o hospeda por pouco tempo. Ganharia mais usando seus bens para o bem fazer
aos que necessitam e preparar assim uma morada justa na vida após a morte.
O dono do
castelo, após uma hesitação, pareceu abrir a mente aos poucos, e realmente
tomou aquelas palavras como advertência. Hospedou o peregrino e desde esse
tempo, mostrou-se mais caridosos para com aqueles que disso precisavam e para
com os mais humildes.”
E você?
Consegue entender que está só de passagem nessa vida, ou se sente o rei e dono
do castelo? Ou se acha melhor que os outros?
Pense nisso!
Inté!